O
ENFRENTAMENTO DE CONFLITOS
Por mais otimista que seja
o brasileiro, é impossível não sofrer com os transtornos causados por essa
febre que parece ter aniquilado pilares dessa República. O caos aparentemente
instalado na Administração Pública Federal, extremamente preocupante, vem sendo
creditado à consolidação da desonestidade, a ausência de ética, a associação
para o crime contra o erário e o povo brasileiro, ao culto a ganância e a
proliferação dos autores dessas práticas.
*Crédito imagem:ericalatza.com.br
É tão escancarada a nossa
situação que acompanhando boas publicações, telejornais e demais expressões da
Mídia, a pessoa interessada recebe informações preciosas, dando conta de que
nos últimos vinte anos e, em especial de 2012 em diante, cresceu a inflação, a
recessão, o desemprego, o sacrifício da população, a corrupção, a fragilidade
da estrutura política do país.
*Crédito imagem:polium.blogspot.com.
Essas conclusões se comparadas
com nosso passado recente, mostra que a população brasileira parece ter
acordado de uma longa letargia que se instalou a partir da “redemocratização
brasileira”. Não falo da ausência de verborragia ou mesmo de demagogia barata
construindo ídolos de barro, essa não cessou um segundo sequer.
*Crédito imagem:jornalagora.com.br
Falo de reações que vão de
norte a sul guardando características completamente diversas entre si, passando
de forma flamejante pelo sudeste e, com reservas naturais advindas de sociedades
com herança de “coronelismo” no nordeste e centro oeste. Naturalmente, sem excluir o Distrito Federal,
por vezes troante e, às vezes recolhido, dividido entre o falar e o calar, tudo
em razão da dependência com os Poderes Republicanos constituídos e, ali, física
e politicamente encravados.*Crédito imagem:Veja-abril.com
O fato é que atitudes
diferentes do costumeiro desinteresse demonstram conclusões sobrevindas de camadas
da sociedade, normalmente alheias a tais fatos. Em atividades normais, seja o espectador de qualquer modo operador do Direito, servidor ligado ao Executivo,
ao Legislativo, ao Judiciário, Profissional Liberal, empregados da indústria,
do comércio, agricultura..., enfim, nas praças, padarias, feiras..., em
qualquer lugar encontramos cidadãs e cidadãos interessados, atentos aos
noticiários e que estabelecem expectativas para a direção que esse ou aquele
Poder irá tomar.
*Crédito imagem:observatoriosocialjequie.blogspot.com
São pessoas normais, comuns,
do povo. Entretanto, parecem fazer coro com “experts” na produção e promoção de ideias, tal a ênfase com que defendem seus posicionamentos. Pululam dicas e
planos mirabolantes para driblar o terrível momento que domina o País. Evidenciam
certa compreensão do caos. Alguns em maior, outros com menor alcance do que
realmente está ocorrendo. O ponto positivo é a retomada de um conceito - ainda que no subconsciente – de que o Estado tem como fim servir à Sociedade.
*Crédito imagem:folhacentrosul.com.br
Afinal de contos a atual
contingência acena no sentido da união, de reunião de forças. É quase palpável
a má gestão e o risco da insolvência fiscal herdado pelo Governo de Michel
Temer e que, o seria, possivelmente agravado, se o desastre administrativo,
capitaneado pela ex- Presidente e seus comandados não fosse interrompido. Nos
últimos Governos o Estado esteve a serviço de pessoas em detrimento do povo e,
não há mais espaço para isso.
*Crédito imagem:mensagenscomamor.com
O Brasil necessita
urgentemente reconquistar a confiança de seus nacionais e do mundo. São muitas
as sugestões para, no mínimo, se dar início a essa retomada – se não do
crescimento – o da credibilidade. Há pontos comuns nas versões pensadas para
minorar a crise. Quase todas, indicam cortes
nos gastos da gestão – em todos os níveis de governo -, reforma da previdência
– cortando a própria carne: do povo, do contribuinte e, as ansiadas, reformas
política e tributária.
*Crédito imagem:blogdoedwilson.blogspot.com
A população adulta, consciente,
sabe que medidas extremas, mas institucionalmente adequadas, só terão o efeito
desejado se, em 2018, o eleitorado brasileiro eleger um Presidente comprometido
com a continuidade das medidas efetivamente tomadas. Sabido que a recuperação
da economia bem como da imagem do Brasil, quer externa ou internamente, não
acontecerá por passe de mágica, pela utilização de “placebos”, quando o quadro
requer modificações profundas, transformadora.
*Crédito imagem:sozinhaouacompanhada.blogspot.com
Nesse contexto conturbado,
as cabeças pensantes, voltadas inicialmente para a área econômica trazem a PEC 241
– estabelecendo teto dos gasto públicos ou seja: a proposta de Emenda
Constitucional com fito a limitar, a partir do ano de 2017, as despesas
primárias da União ao que foi gasto no ano anterior corrigido pela inflação
ocorrida em 2016. Tal medida fará com que no próximo ano (2017), a despesa em
termos reais – abatida a inflação ocorrida no corrente ano – permanecerá igual
à realizada em 2016. Ainda que, no ano de 2018, o limite anual será o teto de
2017 que por sua vez será acrescido da inflação, em 2017. A PEC marca o modo
como se dará, sucessivamente a despesa primária da Federação. Isso enquanto
vigente.
*Crédito imagem:ilisp.org
É lógico que o fantasma do
encolhimento atordoa e assusta os que viram um pseudo-crescimento da Nação e,
mais ainda, aos que contribuíram fortemente para o aumento anual da dívida
pública, em mais de 6% acima da inflação, durante os anos de 2008 a 2015. Porém é impossível ignorar
que a adoção de limites e redução da despesa financeira, será para o Governo
Central a condição de negociação de sua dívida com taxa de juros menores. É
básico e, portanto compreensível, para grande parte da população brasileira que não se
pode gastar mais que se arrecada. Há muito caiu à errônea noção que a inflação
impulsiona o desenvolvimento.
*Crédito imagem:opalheiro.com.br
Quando teremos um novo
olhar dos políticos brasileiros para essa flagelada nação? Como suportar uma
infindável sucessão de revelações dantescas envolvendo os altos escalões do
Legislativo? Como encarar a necessidade jantares e mais jantares para persuadir
os que “fazem as Leis” a votarem contra a insolvência fiscal? Como permanecer
insensível a defesa de crimes, quando realizada pelo Presidente do “alto clero
legislativo? Qual o material que constitui esse imutável magnetismo a conduzir
essa nação cada vez mais à escuridão?
*Crédito imagem:arthur.bio.br
É O NÃO PELO PRAZER DE SE
OPOR. Mesmo diante das notícias que dão conta do buraco negro que atrai
incessantemente o País, muitos permanecem irredutíveis. O Governo luta para
aprovar a PEC. Políticos fazem de conta que nada existe. Ainda que por um
segundo o País deveria ser agraciado com o conhecimento do que se passa na
mente de cada Deputado, cada Senador. Talvez sequer pudéssemos suportar o teor
de tais revelações. Quando a classe
política brasileira dará um passo qualitativo?
*Crédito imagem:clicksociologico.blogspot.com